sexta-feira, 21 de março de 2008

Um novo mundo

O Mundo em que vivemos hoje, segue a evolução normal das últimas centenas de milhar de anos. Tal processo evolutivo, cujas manifestações se fizeram notar em todas as áreas da existência humana, não deixa contudo de obviar um denominador comum em todas elas. Um motivo, uma razão de ser, um motor único da sua expansão: a deslocação, o movimento.

Desde o nomadismo à globalização, mercados comuns que permitem o movimento livre de pessoas, bens, serviços e capitais... a era da difusão global da informação em tempo real, onde cada segundo conta, e cada atraso faz a diferença.

Hoje assistimos ao nascimento de uma nova era, em que (mais uma vez) os bravos lusitanos se mostram pioneiros. O movimento dentro da esfera política.

Por certo todos ouvimos falar de quem já, pelas vastas pradarias da filosofia política, tenha sido apontado como um explorador, ou um simples turista incoerente. Por virar à Direita, por se mover para a Esquerda. Mas não é a isto que me refiro.

Em Portugal, não nos contentamos com a limitativa restrição de deslocação política apenas num plano unidireccional, cuja escolha se restringe ao sentido da deslocação. Não. Hoje, em Portugal, inaugura-se o bidimensionalismo da política. Tal rompimento com a comum visão deste espaço carece, não obstante, de esclarecimento rigoroso.

Que o Governo é de Esquerda, todos o sabem. Que tem virado à direita, muitos desconfiam. Agora o que ninguém sabe é como chamar-lhe à coordenada vertical onde se posiciona. Só se sabe que tem sinal negativo (no sentido cartesiano do termo), e se os recuos não cessam, tende para "menos infinito".

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